quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Artigo: A injustiça para com os julgadores verdadeiramente independentes

 

Juiz Robson Barbosa de Azevedo - Mestre em Direito

Na atual conjuntura, como já nunca conseguia temer os detratores dos julgadores, agora é que nada temo dessa terra profana, os ditos concurseiros preferem trabalhar menos e ganhar mais, sem as rédeas dos políticos que compõem conselhos criados pelo mensalão e rejeitados na constituinte e defenestrados na 1ª metade do séc. XX, ou mesmo das insanas cúpulas nos diversos segmentos dessa vergonhosa "seara" de malfeitores que sempre enriquecem sem o apoio da constituição federal e que estão unidos com a cheia de coronéis de roça mesquinhos, cruéis e destinatários do lago de enxofre, monstruosidades mesmo etc.

Atualmente, só quem for efetivamente vocacionado e quiser ser de fato julgador(a), assumirá conscientemente o sacerdócio, e se atreverá no suprimento independente para acabar com déficit da magistratura, não só no DF, como no país inteiro. O Bacharel que está chegando não quer dar murro em ponta de faca ou mesmo bater de frente com trem de ferro, terão medo das pressões tal como o soldado teme o general, aliás já há muitos assim, bem hierarquizados, e lamentavelmente há tempos, fugindo da dureza e alinhando-se com visores de errônea porta larga. É a casta do sangue puro e real que não quer contrariar os malfeitores do poder político e ou econômico, é como se fosse um crime a legalidade, o fim do clientelismo, o fim dos segredinhos inconfessáveis, o fim da manipulação da vida alheia, a maledicência como técnica de decretação da morte moral com pena infâme, o fim das perseguições e retaliações etc.

A origem universal da vida cobrará de todos e lá não haverá jeitinho nenhum. Seremos julgados como julgamos e na forma daquele se que acha acima ou melhor que outros.

Passei em certames de algumas categorias e escolhi por vocação e vontade a magistratura nacional, entrei pela porta da frente sem dever nada a quem quer que seja.

Porém, depois de vários lustros de exercício da judicatura, tenho encarado desde o 1º dia e diarimente, as retaliações, mentiras adredemente montadas e potencializadas, perseguições internas/externas, cobranças do impossível, ameaças veladas ou abertas, risco de morte natural ou antecipada, esqueceram-se de nossos doentes graves? Eles já estão conscientes disso, mas é tarde para eles a reversão nesse ninho de perigos. Só Deus que pela HONRA DE SEU NOME os concederá paz e felicidade, quem está em paz nada teme. Que estejam em paz.

Senão bastasse, temos por vezes uma política de disputa predatória em um sistema majoritariamente de fidalgos (filhos algo) e falido, será talvez o escolhido aquele que for mais forte de empenho político e de menor compromisso jurídico/institucional, ou seja, mais apoiado da clã, sempre a serviço do rei, salvo as honradas exceções, tudo contra para quem paga a conta só para ter uma representação e que eventualmente enfrentem o incêndio até a exaustão. Entretanto, no fim do prazo a honra do serviço prestado pode gerar as bençãos do rei.

Espero que não seja assim e acho que pode até não ser, é a lei da probabilidade.

Os discentes afirmam abertamente que serão tudo, menos juiz, mas há raras hipóteses em que realmente querem efetivamente a magistratura. Tanto que há discentes meus que hoje a exercem.

Com décadas de docência nunca vi a magistratura perder para outras carreiras, foi o sonho dos discentes, agora eles já afirmam que é pesadelo de tormentas e injustiças.

Quem não quer tentar mudar isso é no mínimo um elo podre da corrente. O viés dos apadrinhados é exatamente manter o patrimonialismo na justiça. Serão derrotados.

O DIREITO DERIVA DA LUTA E NÃO DA POLÍTICA OU DA CONVERSA DE COMPADRES. JUSTIÇA É FORÇA. FRAQUEZA NA JUSTIÇA É MODELO DE PAÍS TOTALITÁRIO.

Fonte: ANAMAGES